O tumor de conjuntiva é uma neoplasia que afeta a camada que reveste o globo ocular, conhecida como conjuntiva. Geralmente, apresenta-se como uma lesão elevada e pode ser benigno ou maligno. Os tumores benignos mais comuns são o pterígio e o nevus, enquanto o carcinoma de células escamosas é o tumor maligno mais frequente. Além disso, o melanoma maligno também pode se originar na conjuntiva. Entre seus fatores de risco, estão a exposição crônica à radiação solar, história familiar de câncer ocular e contato com substâncias químicas. Nesse sentido, um diagnóstico precoce e preciso é fundamental para a escolha do tratamento mais adequado. Vamos conversar melhor sobre o assunto neste artigo. Boa leitura!
O que é conjuntiva e que tipos de tumores podem afetá-la?
Antes de mais nada, a conjuntiva é uma camada fina e transparente que reveste a parte frontal do globo ocular e a superfície interna das pálpebras. Ela desempenha um papel importante na proteção do olho, mantendo-o úmido e lubrificado. A conjuntiva também é responsável pela produção de muco e lágrimas, que ajudam a limpar o olho e protegê-lo de infecções. Além disso, a conjuntiva é composta por pequenos vasos sanguíneos que fornecem nutrientes e oxigênio aos tecidos oculares. Dessa forma, por ser uma estrutura de revestimento, a conjuntiva também pode ser alvo de doenças, como infecções, inflamações e tumores.
Primeiro, vamos conhecer os tipos de tumores que podem surgir na conjuntiva e depois falaremos sobre os fatores de risco existentes.
Pterígio: é um crescimento anormal de tecido conjuntivo que se estende sobre a córnea. Geralmente, é causado por exposição crônica à radiação ultravioleta. O pterígio pode causar sintomas como vermelhidão, coceira, sensação de corpo estranho no olho e visão borrada, por exemplo.
Nevus: é um tumor benigno composto por células pigmentadas (melanócitos) que pode ocorrer na conjuntiva. Esse tumor é mais comum em pessoas com pele clara e exposição solar intensa. Normalmente, os nevus conjuntivais são pequenos e assintomáticos, exigindo apenas monitoramento regular para detectar mudanças.
Carcinoma de células escamosas: é o tumor maligno mais frequente na conjuntiva. Geralmente, é causado por exposição solar crônica e demora anos para se desenvolver. O carcinoma de células escamosas pode provocar sintomas como irritação ocular, vermelhidão, ardência, inchaço e visão turva. Seu tratamento pode variar, abrangendo cirurgia, radioterapia ou uma combinação de ambos, dependendo do estágio do tumor.
Contudo, ressaltamos que deve-se avaliar qualquer alteração ou crescimento anormal na conjuntiva, por um oftalmologista, que realizará exames complementares para fazer o diagnóstico correto e definir o melhor tratamento. Leia também A importância do piscar de olhos.
Principais fatores de risco para tumor de conjuntiva
Existem alguns fatores de risco conhecidos que podem aumentar as chances de desenvolvimento dos tumores de conjuntiva. Entre eles, podemos destacar:
- Exposição crônica à radiação ultravioleta: a exposição solar intensa e prolongada sem a proteção adequada pode ser um fator de risco significativo para o desenvolvimento de tumores de conjuntiva. Logo, é importante usar óculos de sol e chapéus para proteger os olhos da radiação UV.
- História familiar: pessoas com histórico familiar de câncer ocular, incluindo tumores de conjuntiva, podem ter um risco aumentado de desenvolver a doença. Isso pode estar relacionado, por exemplo, a fatores genéticos que aumentam a predisposição.
- Contato com substâncias químicas: o contato regular e prolongado de certas substâncias químicas com os olhos pode aumentar o risco de desenvolver tumores de conjuntiva. Por exemplo, pessoas que trabalham com produtos químicos agressivos ou em indústrias, como a metalúrgica e química, podem estar mais expostas.
- Doenças prévias: alguns tipos de doenças oculares preexistentes, como o pterígio e certas inflamações crônicas da conjuntiva, podem aumentar o risco de desenvolvimento de tumores de conjuntiva.
Por fim, é importante ressaltar que nem todas as pessoas com fatores de risco desenvolverão tumores de conjuntiva, e também há pessoas sem fatores de risco que podem desenvolvê-los. Portanto, o diagnóstico precoce e o acompanhamento regular com um oftalmologista são fundamentais para detectar quaisquer alterações suspeitas e iniciar o tratamento adequado. A prevenção é sempre a melhor opção!